1246 sessões públicas, 41855 espectadores, 18 produções de teatro, 12 concertos, 9 leituras encenadas, 4 livros, 4 documentários, 2 discos. Estes são os números — à data que este texto foi escrito — que resumem a atividade da Mascarenhas-Martins ao longo da sua vida. Uma década que é muito mais do que esta lista numérica, mas vá lá, em jeito de balanço até a Mascarenhas-Martins, que é muito mais dada às letras, se deixa atrair pelos números. 

O Levi Martins e Maria Mascarenhas conheceram-se há 15 anos e (não) imaginaram que aqui chegariam. Estabeleceram-se no Montijo, privilegiando desde cedo a ideia que a cultura é o cultivo do espírito, a cultura é o território onde artistas e comunidades se confundem e refletem em conjunto. O público, e neste caso mais específico a população montijense, sempre foi, por isso, um eixo central da sua atividade. 

10 anos depois, a companhia alargou bastante a sua intervenção, sendo responsável pela programação da Casa da Música Jorge Peixinho, continuando a criar, mas também desenvolvendo uma série de iniciativas de formação, ação pedagógica, mediação e investigação que visam influenciar e capacitar o território em que se insere.