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Perguntas frequentes

Perguntas sobre a Mascarenhas-Martins

Quem é a Mascarenhas e quem é o Martins e porque é que se chama Companhia Mascarenhas-Martins?

Mascarenhas e Martins são os apelidos da Maria e do Levi, que se conheceram em 2010, na Escola Superior de Teatro e Cinema, no último ano das suas licenciaturas (Maria em Teatro, Levi em Cinema). O nome Companhia Mascarenhas-Martins é inspirado nos nomes de sociedades artísticas dos séculos XIX e XX, como Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, numa escolha bastante ousada em contraponto com as tendências contemporâneas. O motivo é simples: deste modo não existiria qualquer dúvida sobre quem seriam as pessoas responsáveis por este projecto, tornando-o assumidamente pessoal.

O que é a Mascarenhas-Martins?

A Mascarenhas-Martins é, juridicamente, uma associação cultural, ao exemplo de tantas outras estruturas semelhantes. A opção por este modelo foi feita a partir da leitura do livro O Mundo do Teatro em Portugal, de Vera Borges, um estudo sobre o que era, à época, a realidade portuguesa das companhias, a maioria das quais associações culturais sem fins lucrativos.

À parte disso da questão formal, a Mascarenhas-Martins é uma entidade dedicada simultaneamente à criação artística, intervenção cultural e acção pedagógica, tendo sido desde o início uma estrutura multidisciplinar, com base nas formações e experiências anteriores de Maria Mascarenhas (teatro) e Levi Martins (cinema e música). 

Em que é que se divide a actividade da Mascarenhas-Martins?

Quando a Mascarenhas-Martins iniciou a sua actividade, foi desde logo necessário fazer uma distinção entre o que pertencia ao domínio da criação e tudo o que era feito no sentido de aproximar a população da actividade artística.

Dividimos assim o nosso trabalho em três áreas de intervenção:
1. criação artística

2. intervenção cultural

3. acção pedagógica

Todas estas áreas de intervenção são complementares na medida em que são pensadas para, de acordo com as suas características e objectivos, criarem uma relação duradoura, de continuidade e de proximidade com a população local, bem como entidades públicas e privadas.

Porque é que criaram uma estrutura de criação e produção artística em Portugal, quando toda a gente sabe que isso nunca irá dar dinheiro?

Para começar, o objectivo das companhias não é, na sua maioria, a obtenção de lucro, mas sim contribuir para a existência de actividade artística regular nos seus territórios de intervenção. O direito fundamental à cultura está inscrito na Constituição da República Portuguesa, nos artigos 73.º e 78.º, existindo referência directa à colaboração que é suposto existir entre o Estado e as “associações e fundações de fins culturais” para que se promova a “democratização da cultural, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural” (Artigo 73.º).


Assim sendo, o propósito de fundar uma companhia está sempre associado ao desejo de contribuir para que exista uma oferta cultural mais regular e diversificada. No caso da Mascarenhas-Martins, este propósito está naturalmente associado à vontade de Maria Mascarenhas e Levi Martins em desenvolverem os seus trabalhos artísticos de forma constante, o que foi sendo complementado com a produção de espectáculos de outras pessoas com quem foram tendo afinidade. 

Porque é que decidiram ficar no Montijo?

No Montijo, ao contrário de cidades como Almada e Setúbal, nunca tinha existido uma companhia profissional. Houve, ao longo dos anos, muitos grupos de teatro não-profissionais, vários deles ligados a colectividades, mas não havia registo de projectos equivalentes ao de estruturas históricas como a Companhia de Teatro de Almada, o Teatro Animação de Setúbal, entre muitas outras. A vontade que Maria Mascarenhas e Levi Martins tinham de fundar uma companhia aliou-se ao facto de existir, por parte de várias pessoas, um entusiasmo quanto à possibilidade de existir uma estrutura local com este tipo de actuação.

Que tipo de relação é que têm com a Câmara Municipal do Montijo?

A actual relação entre a Câmara Municipal do Montijo e a Mascarenhas-Martins tem como base o Protocolo de Colaboração aprovado a 2 de Novembro de 2023 para o triénio 2024-2026. Em traços gerais, este Protocolo estabelece que a Mascarenhas-Martins tem a responsabilidade de fazer programação cultural na Casa da Música Jorge Peixinho, mediante a atribuição de financiamento por parte da Câmara Municipal para o efeito, bem como outros apoios em espécie, como o apoio à divulgação. O financiamento aprovado foi de 120.000 euros para 2024, 150.000 para 2025 e 170.000 para 2026. Importa referir que a Companhia Mascarenhas-Martins conseguiu, em concurso público, obter um Apoio Sustentado da Direção-Geral das Artes para o quadriénio 2023-2026, num montante anual de 180.000 euros. 

Se já têm apoio da Câmara Municipal e da DGArtes, por que motivo solicitam também apoio às Juntas de Freguesia?

De acordo com a Constituição (artigo 235.º):

1. A organização democrática do Estado compreende a existência de autarquias locais.

2. As autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.

E, no que diz respeito às atribuições da freguesia, segundo o Regime jurídico das autarquias locais (Capítulo II, artigo 7.º), “Constituem atribuições da freguesia a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das respetivas populações, em articulação com o município”, em diversos domínios, nomeadamente “cultura, tempos livres e desporto” (alínea d). 

É do nosso entendimento que todas as esferas públicas devem ser envolvidas no cumprimento dos artigos da Constituição que estabelecem o direito fundamental à cultura, uma vez que os apoios financeiros que são atribuídos a estruturas como a Mascarenhas-Martins servem exactamente para que a população de determinados territórios (neste caso o Concelho do Montijo) tenha um acesso mais regular e diversificado a actividades culturais.


Porque é que não fazem mais coisas para as pessoas se divertirem?

O propósito da Mascarenhas-Martins não é, nem nunca foi, criar produtos de entretenimento que, como a palavra indica, servem para entreter, passar o tempo. Nada temos contra entretenimento, mas acreditamos que não é esse o nosso propósito, nem tão pouco o fundamento por detrás da existência de financiamento público como aquele de que dispomos, que acreditamos que serve exactamente para garantir que existem actividades que, sem o mesmo, não existiram como complemento ao que tem ampla oferta no mercado audiovisual ou online. O nosso propósito é produzir e programar actividade artística que seja feita a partir dos pontos de vista de que a propõe, o que não implica qualquer tipo de preocupação sobre se será ou não bem recebida pela maioria da população.

Que tipo de relação é que têm com a restante comunidade associativa no Montijo?

Tentámos desde sempre ir estabelecendo boas relações com as associações e colectividades locais, tentando perceber quais os seus contributos para história cultural local e, sempre que possível, criando oportunidades para algum tipo de parceria. O Ateneu Popular de Montijo e a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro têm sido as entidades mais próximas, tendo ambas disponibilizado os seus espaços para ensaios e outro tipo de trabalho, a que tentámos agradecer com a criação de actividades culturais nos seus espaços (no Ateneu continuamos neste momento a fazer o projecto de escuta colectiva de discos Melomania; na 1.º de Dezembro estreámos espectáculos e fizemos o ciclo de “Concertos no Salão”, para o qual pagámos os cachets de artistas e garantimos todas as condições técnicas tendo doado 50% da bilheteira à colectividade).

Já trabalhámos com a União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, fomos ajudados pela Banda Democrática 2 de Janeiro, actuámos mais do que uma vez no espaço da Academia Musical União e Trabalho, nas Craveiras, no salão da Santa Casa da Misericórdia de Canha, na Sociedade Recreativa Atalaiense; Os Unidos deixaram-nos ensaiar no seu salão para o nosso primeiro espectáculo; a SCUPA já nos acolheu e ajudou por diversas vezes. Estamos gratos pela forma como sempre nos receberam.

Perguntas sobre a Casa da Música Jorge Peixinho (CMJP)

Onde é que fica a Casa da Música Jorge Peixinho?

No Montijo,no Jardim das Nascentes. A Casa é composta por um Museu dedicado a Jorge Peixinho e um Auditório com programação cultural, a qual é assegurada pela Mascarenhas-Martins. 

A Casa da Música Jorge Peixinho é um equipamento cultural da Câmara Municipal do Montijo e foi inaugurada a 25 de Abril de 2023.

Morada:  

Avenida António Mourão, n.º 1, 2870-055 Montijo 

Coordenadas GPS – 38.71603, -8.95317

Contactos:

Recepção

Telf. 218 078 759 | Email: casadamusica@mun-montijo.pt 

Museu Jorge Peixinho

Horário: de segunda a domingo das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00*

* excecionalmente aberto até às 21h30 em dias de espetáculo no Auditório.


Quem foi o Jorge Peixinho?

Jorge Peixinho (1940-1995) nasceu no Montijo e foi um dos mais importantes compositores portugueses do século XX, tendo tido um papel fundamental na atualização do panorama musical do país entre 1961 e meados da década de 1980, não apenas através da sua atividade criativa, mas também enquanto incansável divulgador, ensaísta e intérprete. 

Em 1970, fundou o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, que dirigiu até à sua morte, mantendo este conjunto o título de Grupo de Música Contemporânea mais antigo do País ainda em funcionamento.

Politicamente ativo desde finais dos anos sessenta, conotado com uma esquerda próxima do P.C.P., soube conjugar na sua obra musical o empenhamento moral e a integridade artística.

Foi eleito Presidente da Assembleia Municipal de Montijo em 1993. Morreu em 1995 a caminho do Montijo, precisamente quando se dirigia a uma sessão da Assembleia Municipal.

O que é o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o que é que vocês têm que ver com o mesmo?

O GMCL foi fundado em 1970 por Jorge Peixinho, com a colaboração de Clotilde Rosa, António Oliveira e Silva, Carlos Franco e António Reis Gomes – aos quais se juntaram José Lopes e Silva e outros instrumentistas e cantores. É o primeiro grupo português de música contemporânea, desempenhando um papel histórico de vanguarda na abertura da sociedade portuguesa à estética musical do seu tempo. A sua primeira apresentação pública aconteceu no Festival de Sintra de 1970, mantendo, desde então, uma constante regularidade nas suas apresentações em Portugal, incluindo gravações para a rádio e televisão. Ao longo dos seus 50 anos de existência – meio século de actividade ininterrupta – o GMCL apresentou-se também regularmente fora de Portugal, nomeadamente em concertos e festivais de música contemporânea.

O que temos em comum é o desejo de contribuir para que exista uma oferta cultural mais diversificada, cada um de acordo com a sua essência, e procurar dar a conhecer um dos maiores artistas montijenses: Jorge Peixinho. E entretanto já houve participações da Mascarenhas-Martins em concertos do GMCL, como por exemplo nos programas 25 de Abril em Portugal e Música de (Desas)sossego

Para mais informações sobre o grupo, podem aceder ao sítio na internet: www.gmcl.pt

Como é que eu posso ficar a par da programação?

A forma mais imediata de acompanhar a programação é talvez através das redes sociais  da Mascarenhas-Martins ou da Casa da Música Jorge Peixinho (Facebook e Instagram), onde fazemos publicações regulares sobre tudo o que vai acontecer. Também existem publicações impressas e em formato digital com a programação em determinados períodos (Janeiro a Março; Abril a Julho; Setembro a Dezembro), que também estão disponível aqui no nosso site. 

O Auditório da Casa da Música Jorge Peixinho tem condições de acessibilidade?

Sim. A entrada do Auditório é acessível a pessoas com mobilidade reduzida. O edifício dispõe de casas de banho adaptadas no piso térreo. O Auditório conta com espaço para  cadeiras-de-rodas, devendo o mesmo ser solicitado no acto da reserva dos bilhetes para bilheteira@mascarenhasmartins.pt.

No caso de espectadores com mobilidade reduzida, o estacionamento de veículos nas imediações da Casa da Música Jorge Peixinho também é permitido. Para facilitar o acesso, pedimos que no momento da reserva ou compra de bilhetes seja enviada uma mensagem para bilheteira@mascarenhasmartins.pt para que a nossa equipa consiga articular a entrada com a equipa de segurança do espaço.

Tenho dúvidas em relação à aquisição, reserva e levantamento de bilhetes ou sobre o espectáculo que vocês vão ter em cena na Casa da Música Jorge Peixinho ou noutros locais. Com quem é que posso falar?

Para quaisquer questões relacionadas com bilheteira, privilegiamos o contacto por e-mail, através de bilheteira@mascarenhasmartins.pt. Também é possível utilizar o contacto telefónico 218 078 760, embora a bilheteira esteja aberta apenas em dias de espectáculo, a partir de 2h antes do início dos mesmos. Nos restantes dias, pedimos compreensão para o facto de não nos ser possível ter sempre alguém disponível na bilheteira da Casa da Música Jorge Peixinho, o que não significa que não possa ser tentado o contacto (tentamos sempre devolver as chamadas não atendidas).

Porque é que não se pode estacionar os carros junto da Casa da Música Jorge Peixinho; onde é que é possível estacionar em dias de espectáculo?

A Câmara Municipal do Montijo determinou que o espaço em frente à Casa da Música Jorge Peixinho serviria exclusivamente para o estacionamento de viaturas de artistas e equipas a trabalhar no Auditório ou no Museu. A dimensão do espaço em causa não permitiria de forma organizada e segura o estacionamento para o público tendo em conta a lotação do Auditório.

Nas imediações do Jardim das Nascentes existem diversos pontos onde é possível encontrar estacionamento, nomeadamente na Rua Joaquim d’Almeida, Rua Almeida Garrett ou Rua do Pocinho das Nascentes.

Sou artista, produtor, agente ou manager e gostava de apresentar uma proposta para integrar a vossa programação. O que é que devo fazer?

A nossa programação é fechada normalmente com pelo menos um ano de antecedência. Caso queria apresentar o seu projecto pode fazê-lo enviando um email para companhiamascarenhasmartins@gmail.pt

Irá receber uma resposta automática, mas isso não significa que não lemos a mensagem. Como recebemos um volume muito significativo de propostas e, tendo em conta todo o trabalho que desenvolvemos seria impossível responder de forma personalizada a todas em tempo útil, decidimos sintetizar uma explicação acerca do que acontece com cada proposta de programação. Cada proposta é enviada ao responsável pela programação da Casa da Música Jorge Peixinho e, caso a mesma se enquadre na programação, seremos nós a fazer um contacto no sentido de pedir mais informações ou iniciar os procedimentos necessários.

Aconselhamos a que as propostas incluam informações claras e contactos e que sejam enviadas apenas uma vez; também agradecemos que não incluam os nossos e-mails em newsletters sem que tenhamos sido nós a solicitá-lo.